domingo, 1 de março de 2015

Cruz Ansata - chave da vida

A Cruz Ansata é conhecida como: Cruz de Laço, Cruz Egípcia, Cruz Ankh e Cruz
Cóptica. Simboliza o amor, a vida, o conhecimento cósmico, o intercurso sexual e o renascimento. 
A letra“ankh” era o “T” egípcio antigo (uma cruz com a parte superior em forma de laço) e simbolizava a essência da vida e as energias criativas do masculino e feminino. Um símbolo da união entre o círculo e a cruz, entre D’us e o homem. Em muitas pinturas egípcias, o deus RÁ (o sol) está, com seus braços, colocando-a no nariz das pessoas, o sopro da vida (uma idéia semelhante à criação de Adão, na Cosmogonia Cristã). 
Para os egípcios, era a cruz da vida no Universo, como símbolo da imortalidade, colocavam-na sobre o peito dos cadáveres. Traria a prosperidade e a lucidez necessária para tomar decisões acertadas diante dos desafios do dia a dia. Representava ainda o Laço da Sandália do peregrino, do buscador, daquele que quer evoluir, aprender, crescer. Uma cruz sobre a qual se deve sacrificar todas as paixões humanas.
Foi, junto com o disco solar, o símbolo da breve experiência monoteísta (culto a Aton ignorando os outros 45 deuses) do Egito antigo, no reinado do faraó Akenaton (1.367-1.350 a.C.), o pai de Tutankhamon. A Cruz Ansata é um dos hieróglifos egípcios e pode ser facilmente encontrada em toda a literatura que mostra a pictografia egípcia e nos ombros das imagens da Ilha de Páscoa.
A idéia expressa em sua simbologia é a do círculo da vida sobre a superfície da matéria inerte. Todo Faraó ao morrer levava a Cruz junto às narinas para adquirir imortalidade. Como se fosse uma chave, o que nos remete ao seu significado como "a chave dos portões que separam a vida e a morte", já que estes desenhos eram muito comuns em pirâmides mortuárias dos Faraós.
Existe também a interpretação que faz uma analogia de seu formato ao homem, onde o círculo representa sua cabeça, o eixo horizontal os braços e o vertical o resto do corpo. Ainda encontra-se como uma alusão ao nascente-poente do Sol, simbolizando novamente o ciclo vital da natureza.
Há muitas especulações para o surgimento e para o significado da Cruz Ansata, mas ao que tudo indica, surgiu na Quinta Dinastia. Quanto ao seu significado, há várias teorias. Muitas pessoas vêem a Cruz Ansata como símbolo da vida e fertilidade, representando o útero.
A Cruz Ansata também é conhecido como a Chave de Nilo, representando a união de Ísis e Osíris, que originava as cheias periódicas do Nilo, fundamentais para a sobrevivência do povo egípcio.
A forma do Cruz Ansata assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, possui suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.
A alça oval que compõe a Cruz Ansata sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da vida. O ciclo previsível e inalterável das águas era atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais características da crença egípcia. A linha vertical que desce exatamente do centro do laço é o ponto de intersecção dos pólos, e representa o fruto da união entre os opostos.
Apesar de sua origem egípcia, ao longo da história a Cruz Ansata foi adotada por diversas culturas. Manteve sua popularidade, mesmo após a cristianização do povo egípcio a partir do século III. Os egípcios convertidos ficaram conhecidos como Cristãos Cópticos, e a Cruz Ansata (por sua semelhança com a cruz utilizada pelos cristãos) manteve-se como um de seus principais símbolos, chamado de Cruz Cóptica.

No final do século XIX, a Cruz Ansata foi agregada pelos movimentos ocultistas que se propagavam, além de alguns grupos esotéricos e as tribos hippies do final da década de 60.
A Cruz Ansata também foi incluída na simbologia da Ordem Rosa-Cruz, representando a união entre o reino do céu e a terra. Em outras situações, está associada aos vampiros, em mais uma atribuição à longevidade e imortalidade.

A Cruz Ansata se popularizou no Brasil no início dos anos 70, quando Raul Seixas e Paulo Coelho (entre outros) criaram a Sociedade Alternativa. O selo dessa sociedade possuía uma Cruz Ansata adaptada com dois degraus na haste inferior, simbolizando os degraus da iniciação, dando forma de uma chave, a chave de todas as portas. A chave da Sociedade Alternativa. A chave da Vida.

Na cultura pop, ela foi associada pela primeira vez ao vampirismo e à subcultura gótica através do filme The Hunger – Fome de Viver (1983). Mais tarde a personagem Morte, da HQ Sandman, seria o mais famoso ícone na cultura pop relacionando a Cruz Ansata e a subcultura gótica.

Desse modo, vemos que a Cruz Ansata não sofreu grandes variações em seu significado e emprego primitivo, embora tenha sido associada a várias culturas diferentes. Mesmo assim lhe foi atribuído um caráter negativista por aqueles que desconhecem sua origem e significados reais, associando este símbolo, erroneamente, a grupos e seitas satânicas ou de magia negra.

A Cruz Ansata é utilizada por bruxos contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação; ou como um amuleto protetor de quem o carrega. 

Consagrando a Cruz Ansata

Faça a consagração da Cruz Ansata, que é um poderoso protetor contra as formas baixas do Astral.
Na segunda feira ao nascer do Sol e olhando para o nascente faça a seguinte invocação; a Cruz deve estar sobre o Altar ou algo que o represente:
IAO, IAO, IAO. espírito Infinito criador de tudo quanto existe, e Tu ISIS Misericordiosa protetora deste Universo, atende aos pedidos de teus filhos, derrama Tua benção sobre esta ANKH, Cruz poderosa, signo de vida e que me proteja sempre me livrando dos perigos e armadilhas dos meus inimigos, tanto encarnados como desencarnados. Que esta Cruz seja meu escudo protetor, conservando-me a salvo a todas as horas da noite ou do dia; que seja uma barreira intransponível contra todos os espíritos do mal.E Tu, mãe Universal, protege-me e faça-se a minha vontade. Amém.
Defume a Cruz com incenso e pétalas secas de rosas brancas.
(extraído do livro "O Reino das Salamandras" de Vasariah - Vasariah Serviços Editoriais)



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