segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Toalhas Zots

A Zots, muitos de vocês sabem, nasceu em 1989, é conhecida e reconhecida por sempre desenvolver dentro de suas oficinas os próprios produtos, que incorporam anos de estudos, respeito e ética. Não foi diferente com nossa linha de Toalhas, em muitas de suas composições utilizamos consagrados símbolos mágicos, redesenhados pelo nosso diretor de criação, Elpidio de Paiva Azevedo, compostos com outros elementos, sendo estas criações registradas na Biblioteca Nacional. 

Você encontra as toalhas Zots, nestas e outras diversas cores, na nossa loja de fabrica: www.lojazots.com.br/toalhas

Abaixo uma breve descrição da linha de Toalhas Zots:


Deusa
A Deusa é a Grande Mãe, representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação. É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade. É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado. A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna.
O símbolo espiral, usado frequentemente por wiccanos é um sinal da vida. A espiral representa o ciclo contínuo de vida, morte e renascimento.
A linha em espiral pode ser vista como o caminho constante da vida e tem sido encontrada ao longo da história, desde os tempos do Paleolítico, onde foram esculpidos em túmulos. Espirais também podem ser encontrados em muitos instantes na natureza, por exemplo: galáxias e conchas do mar.

Dentre os inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. 
As cinco pontas do pentagrama põem em acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o principio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino. 
O pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia. Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo consequentemente chamado de "Laço Infinito".
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O Septagrama é uma estrela unicursal de sete pontas, também conhecida como "Estrela dos Elfos". Esta forma possui uma longa tradição simbólica e um forte potencial mágico. O seu significado relaciona-se com o do número 7 sagrado em muitas culturas.
Septagrama
O Septagrama representa os sete dias da semana, os sete regentes planetários, os sete chakras principais, os sete metais alquímicos, as sete cores do arco-íris, as sete notas da escala musical, entre outros.
Em cada uma das pontas do Septagrama está associada um dos planetas da astrologia clássica.
O Septagrama tem muitas equivalências e aplicações. Uma das suas formas de utilização mais divulgadas é como selo de invisibilidade, para ocultar segredos, para proteger objetos da curiosidade alheia e ajudar o mago a passar despercebido quando necessita.
Foi utilizado por ocultistas ao longo de toda a História - um dos mais célebres foi Aleister Crowley que o adotou como símbolo da sua Ordem da Estrela de Prata.

Os estudos das antigas culturas e mitologias revelaram que a interpretação da Grande Mãe como uma deusa tríplice foi baseada no ciclo das fases da Lua para facilitar a compreensão das múltiplas qualidades e atributos do Sagrado Feminino.
Triluna
O número três tem um significado sagrado desde a antiga Babilônia, simbolizando nascimento, vida e morte, inicio, meio e fim, infância, idade adulta e velhice ou corpo, mente e espírito. Várias lendas e mitos falam de três fadas madrinhas, três desejos ou três tarefas a cumprir. Aceitando-se a premissa de que a humanidade foi criada a partir da própria matriz da Deusa, é fácil compreender e aceitar sua tríplice manifestação como um padrão repetitivo de nascimento, crescimento e transformação.
A Lua é o símbolo do princípio feminino, representando potencialidades, estados de alma, valores do inconsciente, humores e emoções, receptividade e fertilidade, mutação e transmutação. As fases da Lua caracterizam aspectos da natureza feminina e representam os estágios e as transformações na vida da mulher.

O Tetragrammaton é um pantáculo de proteção para todas as agressões espirituais e psíquicas. 
Nesse pantáculo encontram-se os sete planetas em seus aspectos masculino e feminino; a taça simbolizando a mulher, a espada simbolizando o homem, o bastão de simbolizando a sabedoria e o prato simbolizando a fartura. No alto do pentagrama encontra-se os “Olhos que tudo vêm”; logo abaixo a letra alfa = início, no lado oposto a letra omega = final, entre essas letras os símbolos de Mercúrio e Vênus formam juntos um Caduceu que simboliza o infinito.
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Mandala do Zodíaco
A Mandala do Zodíaco, quando usada como bandô exposta num ambiente, tem a propriedade de harmonizá-lo. Essa mandala por si só é a representação da harmonia celeste equivalente ao Baguá Celestial chinês. Seus símbolos alquímicos produzem a vibração do planeta que rege cada signo. Como descreveu Paracelso cada planta, pedra, animal ou parte do corpo tem uma correspondência energética com cada planeta e deles recebe influências. Sendo a representação natural do zodíaco com início em Áries, esta mandala é também perfeita para a leitura com tiragem de doze lâminas no Tarot.
Ao centro, a árvore da vida alquímica, que é também símbolo de vida harmônica equivalente a árvore da vida cabalística; circundada por um nó celta, que não tem começo ou fim, representa os mistérios interligados da vida, nascimento, vida e morte.

Toalha de Hécate
Toalha Hécate

Roda de Hécate com seu nome em escrita tebana

Hécate a Senhora das Encruzilhadas

Senhora de toda a magia. Conhecedora de todos os mistérios da vida, da morte e do renascimento.

Aqueles que a cultuam são abençoados com inspirações e realização de desejos.

O próprio Zeus lhe rende culto e oferendas e outorga-lhe o direito de compartilhar com ele o poder conceder ou reter os desejos humanos e os domínios da Terra, céus e mares

Toalha do Dragão

Toalha do Dragão
Os dragões são ótimos aliados mágicos. Esses seres míticos possuem força e poder para que você esteja protegido e lutando por seus objetivos.

Pode ser que o seu animal de poder seja um dragão ou que ele simplesmente esteja na sua mente como um ser fantasioso.

O importante é compreender os dragões como sendo parte da sua força em conexão com os elementos fogo e ar.

Algumas pessoas utilizam a magia draconiana, ou dragon magick, como uma forma de trabalho mágico.

Nessa visão, por habitarem outro plano, são invocados por meio de rituais para emprestarem seus atributos àqueles que os chamam.



Mandala com 12 casas, envolvendo o símbolo do mantra OM
O Om é o som do infinito e a semente da qual surgem todos os outros mantras.

 “O Om é o mundo inteiro. O passado, o presente, o futuro: tudo é o mantra Om.

Tudo que vibrar nessa frequência será o mais harmônico possível. 




Toalha Labirinto

O labirinto é um motivo simbólico, uma forma do ser humano transformar-se em um novo ser, renascer para uma nova vida.

Simboliza a descoberta do centro espiritual oculto, onde os mestres se encontram. Ideal para atingir estados meditativos mais elevados.

Compondo com os símbolos dos quatro elementos, indicação do Quente e do Frio e as representações do zodíaco.






Toalha Cigana

A sabedoria cigana que associa símbolos com aspectos da vida de uma pessoa, por exemplo: a taça que simboliza a amizade, o machado, a espiritualidade, assim  por diante. 

Propicia um panorama excelente quando se quer obter, com as lâminas do Tarô, uma visão global de um assunto. 

As 12 casas num mapa astral individual indicam os 12 principais assuntos ou "departamentos" na vida da pessoa.




Toalha Pentagrama Celta
A simbologia mágica Celta representada nesta toalha, envolve:
O Triskel, um antigo símbolo celta relacionado ao sol, vida após a morte e reencarnação. Alguns consideram ser um símbolo da gravidez (o sol descreve uma espiral em seus movimentos a cada três meses; uma espiral tripla representa nove meses), uma representação da Deusa Mãe. O símbolo também sugere reencarnação - é desenhado em uma linha contínua, sugerindo um movimento contínuo de tempo.
A Lua, grande símbolo do Sagrado Feminino, símbolo de intuição, poder e mistério. Magia pura
Entrelaçando os dois, o Pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla fundamentada no número 5 que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama põem em acordo a união fecunda. O dois é o princípio masculino que fertiliza o feminino, que é o três. O três é a Deusa Tríplice. O dois é, o Deus do Ano Crescente (Rei Carvalho) e o Deus do Ano Minguante (Rei Azevinho), representando a ascendência e o declínio do Sol. Portanto, o pentagrama une o lunar ao solar.
E os Nós Celtas, laços completos que não têm início ou fim; representam a eternidade, quer isso signifique lealdade, fé, amizade ou amor. Apenas um fio é usado, o que simboliza como a vida e a eternidade estão interligadas.

Maria Padilha, também conhecida como Senhora da Magia ou Rainha da encruzilhada, é o arquétipo da sensualidade, liberdade, alegria, poder feminino, sabedoria, harmonia e amor.


A imagem representada na toalha é o Assentamento de Maria Padilha, onde o preto significa a noite, o vermelho simboliza a luta e o dourado a abundância.



sábado, 20 de março de 2021

Ritual para Mabon


Este Ritual é melhor realizado nas primeiras horas da noite, logo após o pôr do sol, pois esta é a hora do dia que corresponde à época do ano. Varra a área, começando no Norte e movendo-se deosil, com o Sol (sentido anti-horário), com sua vassoura mágica para limpar a área do Círculo e “varrer” quaisquer energias negativas remanescentes. Esquematize a circunferência do seu círculo com cordas, pedras, etc., conforme necessário.

Configure as velas dos quartos (Norte-Verde, Leste-Amarelo, Sul-Vermelho, Oeste-Azul) e / ou outros itens que simbolizem os elementos dos Quatro Quartos (use uma bússola se não estiver marcada permanentemente). Monte seu altar como desejado e fique de frente para o norte, cobrindo-o com a toalha vermelha do altar.

Coloque todos os itens listados abaixo em seus devidos lugares. Para esta cerimônia, decore o altar com a cornucópia cheia de itens da colheita e tudo o mais que parecer certo. Além de seus instrumentos mágicos e adereços habituais, sobre o altar deve estar:

·    Toalha de altar vermelha

·    Cornucópia cheia de frutas e vegetais da colheita

·    Uma maçã vermelha

·    Bolline (para cortar a maçã)

·    Pentáculo de altar (para cortar a maçã)

·    Um sino

·    Uma segunda varinha decorada com fitas coloridas (para usar na porção Deméter / Perséfone do ritual)

·    Uma cesta de vime (para carregar a varinha decorada)

·    Incenso - qualquer um dos seguintes, sozinho ou misturado para fazer uma mistura de outono: olíbano, madeira de aloés, jasmim, canela, almíscar, cravo, benjoim, mirra e sálvia

Quando tudo estiver pronto, tome um banho de chuveiro ou banheira para purificação e vista seu manto ritual ou outro traje ritual. Certifique-se de usar suas joias mágicas. Sente-se calmamente e medite um pouco - para se firmar e centralizar antes de iniciar o Ritual. Quando você se sentir pronto para começar, toque uma música tranquila e pacífica para o ritual.

Faça um círculo da maneira que lhe for familiar. Depois que o Círculo for lançado, comece a Cerimônia do Sabbath de Mabon sentando-se em silêncio por alguns momentos, então diga estas palavras em voz alta em dedicatória:

“Senhora Outono, Rainha da Colheita,
Eu Te vi no Sol poente,
com Suas longas mechas ruivas
soprando no ar frio que te rodeia.
Sua coroa de folhas douradas está adornada
com âmbar, ametista e rubis.
Seu longo manto roxo esvoaçante se
estende pelo horizonte.
Em Suas mãos você segura os frutos maduros.
Aos Seus pés, os esquilos recolhem bolotas.
Corvos negros pousam em Seus braços estendidos.
Ao seu redor, as folhas estão caindo.
Você se senta em Seu trono e observa as chamas
do Sol poente brilharem com suas cores finais no céu.
O roxo e o laranja perduram e brilham
como brasas acesas.
Então, todas as cores desaparecem no crepúsculo.
Lady Autumn, você está aqui finalmente.
Agradeço suas recompensas.
Tenho trabalhado muito por esses dons.
Senhora Autumn, agora me conceda paz e descanso. "

Sente-se calmamente novamente e reflita um pouco sobre o significado da estação do outono.

Quando estiver pronto, pegue sua varinha e segure-a na sua mão de poder, olhe para o Norte e com os braços estendidos (ajoelhe-se ou fique de pé) e diga:

“A Roda do Ano gira continuamente,
trazendo todos nós de e para cada estação,
e de e para outra.
O que será é. O que foi será.
Todo o tempo está aqui e agora neste Espaço Sagrado.
Agora faço uma pausa para assistir a roda girar
e lançar este Círculo nesta véspera abençoada
para celebrar a Estação de Mabon, o Equinócio de Outono -
a época da Segunda Colheita.
Nesse intervalo de tempo,
venho louvar a Deusa do envelhecimento abundante
e seu consorte, o Deus da Colheita.
Desejo agradecer e me sentir
parte da
roda girando implacavelmente da vida, morte e renascimento.
Ó Grande Deus do Vinho e da Colheita,
que foi conhecido como Mabon, Dionísio, Baco e Thor -
conceda-me força e compreensão
ao longo desta temporada e sempre.
Ó Grande Deusa da Colheita e do Mundo Inferior,
que é conhecida como Deméter, Perséfone, Modron e Morgan -
Ensine-me os segredos dos Mistérios e os caminhos da magia. ”

Coloque sua varinha de volta em seu lugar no altar.

Estenda as mãos sobre o Altar da Colheita e diga estas palavras:

“O tempo de mudança está sobre nós novamente -
o Equinócio chega, a roda gira ...
A Deusa e o Deus se preparam para
sua jornada para o Outro mundo,
enquanto a Terra e todos os Seus filhos se
preparam para o tempo de quietude e
reflexão que está por vir ...
Que eu possa usar este período outonal para
buscar a força e o poder interno
para me ajudar em minha própria busca por
visão, sentimento e paz ...
Que eu possa ver e sentir a presença da
Deusa e do Deus dentro,
embora fora,
da Terra começa seu sono ...
mantenha-me em sua luz ... ”

Abaixe os braços e sente-se calmamente, meditando novamente por um tempo.

Quando estiver pronto, fique em frente ao seu altar voltado para o Norte e levante os braços em saudação. Dizer:

“Entre os mundos eu construo este altar sagrado.
Fora do tempo, esse rito leva ao caminho antigo.
Onde posso encontrar Deméter do alto Olimpo
E conjurar grande magia. Esteja aqui, eu digo. ”

Coloque o bastão decorado na cesta de vime e leve-o para o norte. Dizer:

“Perséfone retorna ao submundo.
Não chore, Mãe Terra,
Pois a Divina Criança do amor está aqui. ”

Leve a cesta para o leste; dizer:

“Perséfone retorna ao submundo.
Embora a Luz esteja enfraquecendo,
Ela retornará à Terra. ”

Leve a cesta para o sul; dizer:

“Perséfone retorna ao submundo.
O frio do inverno chega,
mas apenas por um curto período de tempo. ”

Termine carregando a cesta para o oeste; dizer:

“Perséfone retorna ao submundo.
A Terra ficará adormecida
Até que a Luz desta Criança Divina
Mais uma vez cresça em força e brilhe completamente sobre nós. ”

Coloque a cesta no chão antes do altar. Toque a campainha três vezes.

Pegue seu bolline em sua mão poderosa e a maçã na outra. Dizer:

“Revele-me seus segredos ocultos
Para que eu possa vir a compreender seus sagrados mistérios.”

Coloque a maçã no pentagrama (ou prato) do altar e corte-o transversalmente (com o bolline) para revelar o pentagrama no centro. Contemple este símbolo sagrado escondido por vários momentos. Então diga:

“Na vida está a morte, na morte a vida.
Todos devem seguir a dança sagrada no caldeirão,
Vez após vez, para morrer e renascer.
Ajude-me a lembrar que
Todo começo tem um fim
E que todo final tem um novo começo. ”

Dê uma mordida na maçã.

O que sobra é colocado do lado de fora depois para compartilhar com os pássaros.

Dizer:

“Santa Mãe, Deméter,
consola-me e protege-me nos meus tempos de tribulação.
Instrua-me nos Mistérios.
Você, com sua filha Perséfone, tem o poder de
me levar a um novo entendimento. ”

Agora é a hora da meditação e de quaisquer feitiços de que você possa precisar ou desejar para encerrar a celebração do Sabbath. Feitiços apropriados para Mabon incluem aqueles para proteção, riqueza e prosperidade, segurança e feitiços para trazer um sentimento de autoconfiança. Se nenhum feitiço for feito neste momento, prossiga com a Cerimônia dos Bolos e Cerveja - ou qualquer que seja a sua prática, seguida de Liberar o Círculo Mágico.

 


quarta-feira, 24 de maio de 2017

Athames

Zots na 14ª Convenção de Bruxas & Magos de Paranapiacaba

O Athame é um dos quatro instrumentos mágicos da Wicca (juntamente com o Pentáculo, a Varinha e o Cálice). Estes quatro instrumentos correspondem as quatro "armas" de significado no mito celta - a espada, a lança, o escudo e o caldeirão (e / ou gral). Os mesmos quatro instrumentos rituais também aparecem nas práticas mágicas da tradição hermética ocidental, derivadas da Aurora Dourada; bem como nas plataformas do tarot.
Tania Gori
O Athame é um punhal ritualístico de fio duplo sem corte, utilizado para absorver, potencializar e direcionar energias em rituais.
É usado para traçar o círculo mágico, selar uma "porta" e desse modo afastar qualquer tipo de energia ou ser espiritual que possa atrapalhar o ritual. Invocar poderes, direcionar a energia ou consagrar utensílios que serão usados durante o ritual.
Em algumas Tradições o Athame só é usado ritualisticamente, enquanto em outras ele é utilizado para outras finalidades mágicas.
Em 1979 The Spiral Dance Starhawk liga o Athame ao elemento de Ar, porem há Tradições que o ligam ao elemento fogo.
Ele simboliza o Deus no altar e só é retirado do mesmo, para traçar o círculo ou para celebração simbólica do Grande Rito, onde ao ser mergulhado no Cálice simboliza a união do Deus com a Deusa.


Importante
O Athame não possui nenhum uso de corte, quando não usado para direcionar energias em ritual é
um instrumento decorativo que serve como símbolo do poder masculino no altar, já que representa um falo, enquanto que o cálice representa um útero. Por se tratar de um objeto que possui ponta, é muito importante que se tenha total cuidado com o seu uso e armazenamento para não gerar nenhum tipo de acidente.



Origens
Gerald Gardner
"Athame" como uma palavra não existe antes Gerald Gardner, um dos fundadores da Wicca moderna, nos anos 50. Embora existam várias palavras que são semelhantes. A maioria destas "grafias variantes" são encontradas em várias versões francesas de A Chave de Salomão. A artave francesa, a arthane e a arthame são provavelmente versões de artavus, uma palavra latina medieval que significa canivete e descrita como "uma pequena faca usada para afiar as canetas dos escribas". Em 1927, a palavra arthana aparece no livro Mistérios e Segredos da Magia, onde o autor cita uma edição de 1572 da Chave de Salomão. Mistérios e Segredos também contem uma imagem mostrando em branco e preto facas tratadas para uso em magia. Em O Mago o Sol é referido como Athemay, com a idéia sendo emprestada do Heptameron, que remonta ao século XIV.
Pode-se acreditar que a palavra Athame é provavelmente uma corruptela de uma das muitas palavras usadas para faca mágica em A Chave de Salomão. As similaridades são significativas e Gardner usa símbolos de Salomão para decorar a empunhadura da faca mágica descrita em seu romance de 1948, High Magic's Aid. Outras teorias emergiram, e valem a pena compartilhar. Idries Shah, um contemporâneo de Gardner e muito provavelmente seu primeiro biógrafo, especulou em seu livro Sociedades Secretas (1961) que Athame poderia derivar do termo árabe al-dhamme que se traduz como sangue-letra.  A palavra francesa attame que significa cortar ou perfurar é outra fonte possível, embora pouco provável.
Hécate
O uso de uma faca sagrada em ritos pagãos é bastante antigo. Há um desenho de um vaso grego datado de aproximadamente 200 a.c. que mostra duas bruxas invocando os poderes da Lua, uma delas está segurando uma varinha e a outra segura uma pequena espada.
Em uma jóia da Roma Antiga, há a figura de Hécate na forma tripla, onde seus três pares de braços seguram os símbolos de uma tocha acesa, um açoite e uma adaga mágica.
Uma xilogravura que ilustra a história de Gentibus Septenbrionalibus de Olaus Magnus, publicada em Roma em 1555, mostra uma bruxa controlando alguns fantasmas, brandindo um Athame em uma mão e um punhado de ervas mágicas na outra.


Usos
Sorita d’Este & Athame Zots
Gardner afirma que em seus escritos que o Athame é o mais importante dos instrumentos rituais, que teve muitos usos, mas que nunca foi usado como faca para o corte físico real. No entanto, tem havido especulações de que o interesse e a perícia de Gardner em espadas e facas antigas, e em particular as mágicas facas "kris" da Malásia e da Indonésia, podem ter contribuído para a importância central do instrumento em sua visão da Wicca.
Embora muitos bruxos só usem seus Athames em rituais e feitiços, outros acreditam que, quanto mais for usado o Athame (mesmo em situações cotidianas), mais poderosa ele se torna.
Apesar de algumas pessoas acreditarem que os Athames eram ou ainda são utilizados em rituais de sacrifício, essa prática é rechaçada com veemência pelos seguidores da Wicca uma vez que sacrifícios, sejam estes humanos ou de animais, são completamente fora de seus princípios religiosos.

Uma espécie de Athame afiado e de cabo branco usado para cortar ervas, cordas ou na confecção de varinhas.

Espadas
O Athame é um instrumento individual, enquanto a espada é mais apropriada como um instrumento de coven, ou instrumento pessoal do sumo sacerdote ou alta sacerdotisa. Existem riscos óbvios associados a um grupo inteiro de pessoas que usam espadas, enquanto estão confinadas dentro de um pequeno espaço. Este fator de segurança, bem como a facilidade de uso, podem explicar por que na Wicca a ênfase é mais no Athame pessoal de cada bruxa, do que na espada.

Características
Scott Cunningham escreveu em “Wicca: Um guia para o praticante solitário” que os Athames têm empunhaduras pretas porque a cor preta absorve a energia. "Quando o Athame é usado no ritual para dirigir a energia, parte deste poder é absorvido no cabo - Montante que pode ser solicitado mais tarde. Então, às vezes, a energia levantada dentro do ritual Wicca é canalizada para o Athame para uso posterior”.
Athames Zots
Tem gravados em sua lâmina e guarda símbolos mágicos, astrológicos, deidades, espíritos ou os elementos.
Seu Athame irá “aparecer” para você, ele terá a forma, o peso e dimensão que você irá reconhecer como seu.

Outras Conhecimentos

Existem rituais de consagração para um Athame recém-adquirido, seja ele novo ou adquirido de outra pessoa. Ao comprar um Athame (ou qualquer instrumento mágico) é importante nunca pechinchar sobre o preço.
Tocar no instrumento de outra pessoa sem permissão é considerada uma intromissão no espaço pessoal de seu dono.

1. Witchcraft Today - Gerald Gardner, “The Witch’s Tools.”
2. The Spiral Dance - Starhawk.
3. Wicca: Magical Beginnings - Sorita d’Este e David Rankine 
4. Wicca: A Guide for the Solitary Practiioner - Scott Cunningham
5. Magical Religion and Modern Witchcraft - James R. Lewis
6. Mysteries and Secrets of Magic - C.J.S. Thompsons
7. Magical Religion/White Witches